Antônia e Pedro estavam casados há mais de 20 anos. O último filho acabara de sair de casa, para cursar uma universidade no exterior. O ninho estava vazio.
Todas as noites, após o trabalho, Antônia e Pedro jantavam o que a empregada havia deixado no fogão e assistiam à TV juntos. Começavam com as notícias, emendavam uma série no Netflix e iam dormir entorpecidos de cansaço.
A cada break comercial, quando Antônia perdia o foco da TV, ela pensava em como Pedro tinha envelhecido. Estava chato, ranzinza, barrigudo e só falava de trabalho. Dormia durante a série e roncava a ponto de Antônia não conseguir ouvir o som da televisão.
A cada break comercial, quando Pedro é que perdia foco da TV, ele pensava como Antônia estava chata, ranzinza e repetitiva. Vagava pela casa de madrugada, falando mal do trabalho para si mesma, por conta da insônia.
Como foi que aquele casal, que chamava a atenção de todos pela cumplicidade e senso de humor, tinha chegado aquele ponto?, pensavam os dois, sem revelar um ao outro o que se passava em suas cabeças.
Um dia, depois de uma semana reclamando que Pedro e ela não faziam nada a não ser ver TV, Pedro concorda em ir a um restaurante, sobre o qual Antônia ouvira comentários, num papo de escritório pelas meninas mais novas. Está todo mundo dizendo que o lugar é super excitante! Vamos, Pedro!
Assim que chegaram à porta do tal lugar, o casal repara que aquele não era um restaurante convencional. Uma mulher linda, vestindo mini saia e meia arrastão, recepcionava os clientes e os conduzia para dentro de um grande salão decorado com lounges para 2 pessoas. A luz era escura e fraquinha e havia vários palquinhos distribuídos ao longo de todo o salão.
E eis que, do nada, surge uma garçonete, de peitos de fora, perguntando o que eles queriam para beber. Antônia teve um acesso de riso ao olhar para o Pedro, cuja boca estava tão aberta quanto nos momentos em que roncava durante a série da TV. Pedro, recuperado do susto, pediu uma garrafa de Champagne e uns belisquetes.
Em seguida, as luzes se apagaram e subiram nos palquinhos mulheres, praticamente nuas, fazendo pole dance. Antônia se agarra ao braço de Pedro, numa mistura de nervosismo e curiosidade. Pedro abraça Antônia, numa mistura de proteção e excitamento.
Os dois riem, sorriem e faziam comentários engraçados, um para o outro, sobre a performance das meninas.
O casal ao voltar para casa, reconectado com o passado, através do resgate da cumplicidade e do senso de humor que os havia unido desde o início, fez amor como há muito não faziam.
Antônia dorme a noite inteira e Pedro fica acordado, pensando num lugar bem legal para levar Antônia, na noite seguinte, depois do trabalho.
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É claro que questões como estas não se resolvem
num único insight momentâneo.
Mas um processo de coaching, realizado por um profissional capacitado, é capaz de gerar vários insights e uma nova e poderosa consciência.
Coaching é uma metodologia baseada em “insight learning”, que acontece através de uma parceria entre o “pensador ou cliente” e o “facilitador do pensamento ou coach”. O coach, através da sua presença, da sua escuta ativa e do questionamento provocador, sustenta e apoia a conversa que o cliente tem consigo próprio. Por isso, ao final de um processo de coaching, o cliente se sente com o controle da vida e confiante de que pode realizar tudo o que deseja.
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Christiane Dumont
Membro do MCI – Mentoring Coaching Institute
Membro da ICF – International Coach Federation
Coach de Vida e Carreira
Autora do livro: Como Morar na China sem Engolir Sapo nem Comer Cachorro
Site: christianedumont.com
Insta: chris.dumont.rotstein
